segunda-feira, 15 de junho de 2009

The Doors - A porta foi aberta e nós ficamo-nos pelas escadas


"Este mundo, um monstro de energia
Sem principio nem fim, sem um aumento ou rendimento
Sem desvendar nada
Este mundo é sede de poder, e nada mais." (in The Doors - Mito de Uma Geração)

Jim Morrison, obcecado tanto pela morte como pelo prazer que viver lhe dava, desde cedo seguiu uma vida boémia, achando que o fim era o seu melhor amigo, mas que nunca o trairia.
Foi poeta, cineasta, cantor, compositor .
Quando um dia leu alguns dos seus poemas a Manzarek (teclista da banda The Doors) e este fascinado pelo talento de Morrison o convidou a fazer uma banda de rock, para que "criassem o mito", Morrison iniciou o seu caminho pela "estrada dos reis" (ride the kings highway, baby - in The End).
Decidiram então o nome da banda como sendo The Doors devido a uma frase de William Blake:
"If the doors of perception were cleansed, every thing would appear to man as it is, infinite."

Jim tinha uma obcessão pela morte, porque entendia-a como fim do sofrimento. Convencia-se que assim como um "xamane" curava a sua tribo depois de ter um "trip" e ter a visão da cura, ele poderia curar o mundo e fazer com que as pessoas abrissem os olhos.

Morrison viveu a sua vida num ciclo de drogas, alcool e sexo, sempre no seu limite, nunca recusando as novas experiências. Quando decidiu concentrar-se em viver sem estar sobre o efeito de estupefacientes ou alcool, mudou-se para Paris, com a sua mulher Pamela.

Morreu com 27 anos, na banheira... Referiu-se a si mesmo algum tempo atrás como a 4ª morte misteriosa (tendo os outros sido Jimi Hendrix, Janis Joplin e Brian Jones).

"Expose yourself to your deepest fear; after that, fear has no power, and the fear of freedom shrinks and vanishes. You are free."

Morrison admitiu ter medo quando numa viagem ao deserto com Pamela e os restantes membros da banda viu o xamane de uma tribo e o seguiu.
Posteriormente, Morrison percebeu que os medos só metem medo até serem confrontados. E nunca mais teve medo fosse do que fosse.

Exemplo a seguir?

terça-feira, 2 de junho de 2009

Guns go BUM

"Agente da PSP trava ladrão de idosa a tiro

Um agente da PSP da Baixa da Banheira, Moita, baleou ontem, ao final da manhã, um homem de 25 anos depois de o apanhar em flagrante a roubar uma idosa. O incidente ocorreu na rua 1º de Dezembro, no Barreiro. O ladrão já estava com o fio de ouro da vítima, avaliado em mais de 700 euros, quando foi surpreendido pelo agente, de cerca de 30 anos, que se encontrava de folga.

Seguiu-se uma perseguição ao bandido pela mesma rua até o ladrão ser agarrado pelo polícia. “O agente correu em direcção ao ladrão e ao apanhá-lo foi quase agredido com uma faca que o assaltante trazia consigo e com a qual tentou ferir o agente”, avançou ao CM fonte da PSP.

Depois de alguns minutos de luta entre os dois homens, o ladrão soltou-se e o agente, para o imobilizar, disparou um tiro, atingindo o indivíduo numa perna. O ladrão foi encaminhado ao Hospital do Barreiro e, ao que o CM conseguiu apurar, será amanhã presente ao juiz. De referir ainda que o homem já é conhecido pelas autoridades por crimes do mesmo género. Para concretizar os assaltos, o ladrão utiliza um carro que se suspeita ser roubado e que já foi apreendido." - in Correio da Manhã . 02-06-2009

Fui eu ser vítima do roubo a que me sujeito todos os dias quando bebo café e decidi dar uma vista de olhos no jornal que estava em cima do balcão... De entre "o sócrates é ladrão" e o "avião desapareceu e morreu o principe primo do D. Duarte" algo me chamou a atenção: o nome da minha terra.

Vinha referida a minha linda terra de futuro e progresso (cof cof) como cenário de uma detenção feita por parte de um Agente de folga em que ele realmente se preocupou e usou a arma!

Meus caros leitores/as estamos perante um inédito... O Agente da autoridade USOU a arma!


Pensava eu que os criminosos eram mortos a tiro até ao dia em que um polícia barrigudo que foi comigo até ao parque procurar o individuo que me tentou assaltar me diz: "Se vires o individuo, dizes-me que eu apito e mando-o parar". Sim, porque embora ele me tenha batido até eu me conseguir defender, não merece castigo senão uma ensurdecedora apitadela aos ouvidos. Afinal, ainda há policias a sério por aí!

Palavras para quê? Parabéns senhor Agente da PSP. Não se esqueça agora dos problemas que terá por ter atirado sobre um cidadão que, embora quisesse dar uma tareia na velhota e roubar-lhe tudo o que ela tinha, é um cidadão como qualquer outro e que o Estado vê como um santo a quem deram um tiro numa das asas.

Declaro aberta a época de caça aos "santos". Agentes da autoridade , sigam o exemplo deste "xô policia" e comecem a mostrar a essa escumalha quem (ainda) manda aqui.