segunda-feira, 3 de maio de 2010

Um ás na manga; 3 na mesa

Saudações.

Há uma semana atrás uma amiga convenceu-me a ir até ao parque aqui da zona fazer exercício ao final da tarde e eu, simpático moço, lá fui.
À vinda para casa, passamos por um grupo de amigos que, sentados em roda, cantavam rimas sobre a sociedade, num estilo agressivo (a jeito da excelente banda Rage Against The Machine) e eu, todo galifão, disse à minha amiga "Eu sou rapper, eu sou mau, tu és a Rita e vais levar tau-tau" e desmanchei-me a rir. Ela, séria, olhou para mim e disse-me: "Isto que eles estão a fazer é muito fixe... Goza se conseguires fazer igual."

Resultado: Prometi-lhe umas rimas e como o prometido é devido, lá lhas enviei. A rapariga quer agora que eu vá experimentar cantá-las num ritmo de HC, porque lhe parecia porreiro. (Nota: Eu não canto, nem no banho)

Cá estão as minhas rimas:

Vidas mal jogadas
É brincar com a morte
É atirar moeda ao ar
É brincar com a sorte

Uma aposta mal feita
Não deixa saída
Entra agora o desespero
De quem se arrepende desta vida

Não se espera ganhar sempre
Há que saber perder
Conta-se com os ases que se tem na mão
Embora saibamos quem se vai f*der

Tenta de novo companheiro
Isto é vida ou morte
Tens todo o tempo do mundo
Porque vida é jogo de sorte.

Um dia ainda me vão ver de calças largas e boné da NY, com uma boa banda por trás num festival de HC. Ou então não.