Quando dois corpos se tocam
Quando se sente calor de vontade
Quando se envolvem num abraço
E se abstraem da realidade:
Tornam-se um só
Assim que se beijam
Assim que se tocam
Assim que ela o agarra,
Assim que ele a junta a si,
Perdem-se do Mundo
Logo que ela o beija,
Logo que ele a aperta,
Logo que ela o arranha,
Logo que ele a penetra.
Regressam a si
E entendem o que aconteceu
Perdidos numa fantasia devassa
Os corpos pedem mais
Enquanto ela o abraça
Olham-se
E os corpos cansados
Enrolam-se numa dança
De cheiros e sabores
E os corpos... suados
Amam-se
Mas esse amor desapareceu por instantes
Neste momento apenas carnal apelo existe
Ele não aguenta e domina-a facilmente
Ela, humedecida, não resiste
Um momento
Foi quanto duraram os seus orgasmos
Por entre gemidos de júbilo e prazer
Escapam-se beijos e os corpos descansam
Ela deita-se no peito dele e ouve o seu coração bater.
Não é só o Carlos Drummond de Andrade que faz poemas badalhocos, ora essa. Mas é o primeiro e último. Isto é dificil fazer porque há uma linha muito ténue entre erótico e car*lhadas.
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